21.6.10

não seja o seu tipo

Quão interessante é conhecer um homo que não tem twitter, que não sabe o nome de nenhum disco da Madonna, gosta de Sigur Rós, tem um celular velho mas útil, não finge interesses, detesta lugar cheio de gente lugar-comum doida pra aparecer, não tem tesão pela calça de 550 reais e adoraria ir pra Rússia? Muito. Muito interessante. Projetamos no outro nossos ideais, mas, cá pra nós, ficar com alguém parecido com a gente é um saco. O melhor de tudo é não se tornar o seu tipo ideal de homem, fazer as coisas pra você mesmo. Gostar de alguém envolve, dentre outras coisas, a sensação de novidade despertada pelo desconhecido. Se você já sabe como a pessoa é, exatamente do jeito que espera, tudo perde a graça. A diferença é necessária e permite a duração daquilo que, se fosse igual, não permaneceria. Quer malhar? Malhe pra você, e não esperando encontrar um gostosão no meio da rua. Escuta Mallu Magalhães? Torça pra achar um fã de Ivete. Desde que os dois se entendam e achem graça um no outro, tá ótimo. No dia em que você ouve gosto do seu jeito diferente de encarar as coisas, tem a certeza de que vale a pena acreditar num novo homo, sapiens. 


As diferenças são muito mais divertidas.