1.12.10

veni - vidi - ainda chego lá

Enquanto coçava o nariz sentiu o cheiro de cigarro agarrado aos dedos, mais precisamente próximo às unhas, e deu uma risada. Tinha absoluta e completa certeza de que na vida ou você aprende a viver com os buracos e faltas inerentes à existência, ou tenta suprir essas faltas de alguma maneira – possivelmente com algum vício que ocupe sua mente -, ou se trata com algum especialista que cobra as bolas do saco por uma hora de conversa, ou fica louco. Ah, tem também a opção de se enfiar no mato e tentar viver como Chris McCandless, meu ídolo forever and ever. Mas então vamos pra opção mais fácil, aquela do vício mesmo. Cada um apresenta o tamanho da rebeldia que lhe é possível praticar. Se entupir de chocolate é uma possibilidade. Deixar a barriga crescer é outra. Mas, o que é lindo e absolutamente magnífico nisso tudo é que o problema está centrado única e exclusivamente em uma pessoa: você! Sim, você que se esforça na academia e mede o seu bíceps com aquelas fitas métricas de costureira; tem Bjork no aipódi só pra parecer cool; se acha inteligente mas não conseguiu entender o Código da Vinci ilustrado, e por aí vai. Pra todos os seus males incuráveis, crie outros, outros, e mais outros, AÍ SIM você terá o que (e não a quem) culpar pelas suas desgraças. Marlboro vermelho não fala, FICADICA.