Então nos dirigimos ao bar lésbico (?) na zona nobre da cidade, uma casa antiga preservada pelo tempo e pelo dinheiro, ela em busca de novas bocas pra beijar, contrariando por assim dizer o lema de Márcia Goldschmidt de que cama cheia e coração vazio não tá com nada. Depois de um namoro de 6 anos, minha amiga não aguenta mais ver homem na sua frente - exceto o professor de spinning que de vez em quando a leva pra uma suíte marroquina cafona -, então vamos lá respirar novos ares, encontrar novas pessoas, encher a cara de smirnoff ice e [quem sabe] não ver nenhuma etiqueta A/X nas costas de um homo. Chegamos e entramos no lugar, ainda vazio, mas bastante agradável. O bate-estaca já rolava, enquanto vários grupinhos faziam a social. Pedimos a bebida e conversamos, rimos, bebemos, rimos mais ainda. E quando achamos que a coisa ia esquentar, não mais que de repente, a música acaba, o lugar lota e a sapa cantora começa sua apresentação no palco, voz, violão, bateria e guitarra. Aham, vamos esperar uma hora, quem sabe ela não vai embora e depois começamos a caçada, eu me sentindo um hétero por tabela. Hoje é o seu dia, não tá vendo o monte de mulher sozinha a procura também? E o tempo passa, passa, passa, e nada da cantora dos patuás ir encher a cara e chupar seu caquizinho diário. Caralho, já ta me dando nos nervos essa mulher fazendo cover de Claudia Leitte, não saí de casa pra isso! E mais ice pra baixo. Numa hora não dá mais, temos que vazar desse lugar senão a noite vai pro ralo. Detesto coito interrompido. Saímos fora, encaramos uma fila considerável de pessoas que certamente pensavam o mesmo que nós. Essa noite tem que dar em alguma coisa, amiga. Já sei, vamos pro inferninho mais interessante dessa cidade, tomar mais umas e encontrar quem você procura. Chegamos lá e ótimo, não havia fila, pois o povo já tinha entrado. Só abrir a porta e escutamos because your love, your love, your love, is my drug..., olhamos um pro outro como se disséssemos devíamos ter vindo aqui antes. E as músicas pop, electro, 80's e 90's rolando, a gente delirando e eu me achando velho por escutar backstreet boys. Vou pegar a bebida e quando volto encontro minha amiga se agarrando com outra mocinha parecida com a Pocahontas ao som de gimme more. Ah, que lindo, tudo por minha causa... Pronto, missão cumprida!!! I feel like a butterflyyyyyyyyyyy.....................
PS. e na volta, um acontecimento bizarro. Uma trava dirigindo um palio weekend, acompanhada por um homem (2°?), para ao nosso lado no sinal, e faz um aceno com a mão do tipo encosta o carro pra gente conversar. Ri e joga o cabelo. Não, obrigado. Noite estranha.