Agora que estamos neste redemoinho, em que o dia se mistura à noite, pedaços de mim e de você se encontram por aí, perdidos, não é sem estranhamento que nos perguntamos: “de onde vem tudo isso?”. Apesar de ter feito um acordo comigo mesmo para esquecer o certo e o errado, as prováveis horas insones por vir, os esforços imperceptíveis pra você, mas enormes pra mim, ainda necessito de informações relevantes pra que possa dar algum sentido momentâneo a isso tudo. O novo trabalho me faz sentir a própria Donna Summer working hard for the money, então me compreenda e releve certas atitudes intempestivas e, claro, desnecessárias. Posso sair dançando por aí no meio da avenida, chamar os jornais, tudo isso pra lembrar você da minha existência.
Quando falta o glamour de Lady Gaga na nossa vida, lembramos que pelo menos é possível escutar seu bad romance no ônibus. Já é um consolo. E eu vou praquele lugar longe, volto pra casa, saio de novo, volto... tudo isso sem saber muito bem até que ponto minha vida irá continuar dessa forma; em muitos momentos me sinto no purgatório com a senha na mão, pronto pra ser chamado. O pior é que não há nem uma água ou cafezinho pra tomar, e a moça do balcão tá no banheiro há mais de uma hora.
Chorando ao ver Edward, aquele das mãos de tesoura, tenho vontade de entrar no filme e dar um beijo na sua boca, acariciar seu rosto cheio de cicatrizes. As minhas não estão visíveis, mas bem, a gente poderia se entender mesmo sem muitas palavras, só pelo olhar –como ele e sua namoradinha. Te juro, fico daqui do meu castelo em ruínas olhando você aí em baixo. Topa?
Sem nenhuma destreza cheguei até você, agora não sei o caminho de volta. Só a perturbação persiste, a moral foi pro ralo, tento fechar os olhos mas aquelas malditas lâmpadas fluorescentes não me deixam descansar. “Tudo tem seu preço”, diria.
Qualquer sinfonia me comove, qualquer elogio me eleva. Sigo assim porque não vejo outra forma de existir a não ser essa, meio desconforto, meio persistência, meio luxúria, meio tristeza; as coisas não aconteceram da forma como esperava, e daqui a um ano serei diferente, o mundo talvez não. Rostos desconhecidos que se escondem através de barbas mal feitas e sorrisos imprecisos do tipo “vamos pro matinho ali atrás” fazem meu estilo, justamente por se mostrarem mais breves e, logo, mais reais, que muita coisa por aí.
E como estou sempre à procura de algo real, até mesmo um NÃO grande e lindamente emitido, prefiro sentar naquela sala de espera, cantarolando alguma canção e pensando em você, pois o tempo é certamente melhor assimilado quando estamos respirando ao lado de alguém.
Quando falta o glamour de Lady Gaga na nossa vida, lembramos que pelo menos é possível escutar seu bad romance no ônibus. Já é um consolo. E eu vou praquele lugar longe, volto pra casa, saio de novo, volto... tudo isso sem saber muito bem até que ponto minha vida irá continuar dessa forma; em muitos momentos me sinto no purgatório com a senha na mão, pronto pra ser chamado. O pior é que não há nem uma água ou cafezinho pra tomar, e a moça do balcão tá no banheiro há mais de uma hora.
Chorando ao ver Edward, aquele das mãos de tesoura, tenho vontade de entrar no filme e dar um beijo na sua boca, acariciar seu rosto cheio de cicatrizes. As minhas não estão visíveis, mas bem, a gente poderia se entender mesmo sem muitas palavras, só pelo olhar –como ele e sua namoradinha. Te juro, fico daqui do meu castelo em ruínas olhando você aí em baixo. Topa?
Sem nenhuma destreza cheguei até você, agora não sei o caminho de volta. Só a perturbação persiste, a moral foi pro ralo, tento fechar os olhos mas aquelas malditas lâmpadas fluorescentes não me deixam descansar. “Tudo tem seu preço”, diria.
Qualquer sinfonia me comove, qualquer elogio me eleva. Sigo assim porque não vejo outra forma de existir a não ser essa, meio desconforto, meio persistência, meio luxúria, meio tristeza; as coisas não aconteceram da forma como esperava, e daqui a um ano serei diferente, o mundo talvez não. Rostos desconhecidos que se escondem através de barbas mal feitas e sorrisos imprecisos do tipo “vamos pro matinho ali atrás” fazem meu estilo, justamente por se mostrarem mais breves e, logo, mais reais, que muita coisa por aí.
E como estou sempre à procura de algo real, até mesmo um NÃO grande e lindamente emitido, prefiro sentar naquela sala de espera, cantarolando alguma canção e pensando em você, pois o tempo é certamente melhor assimilado quando estamos respirando ao lado de alguém.